26 de setembro de 2011

NI - Os Mercados da Crise: Capitalismo e Especulação – 26.9.2011

À conversa com João Ferreira, deputado da CDU no Parlamento Europeu

Decorreu no passado sábado, no Centro de Trabalho do PCP de Vila Nova de Gaia uma iniciativa que contou com a presença do deputado da CDU no Parlamento Europeu, João Ferreira, consistindo num debate, seguido de um convívio.

Esta iniciativa, que teve como mote “Os Mercados da Crise: Capitalismo e Especulação”, recebeu muitos militantes e amigos do PCP, que tiveram oportunidade de assistir à projecção de um documentário sobre a actual situação política da Grécia que, como se comprovou ao longo do debate, em tudo se assemelha aos caminhos impostos a Portugal pelas Troikas nacional e internacional.

A conversa que se seguiu permitiu identificar os pontos comuns a estes dois países periféricos da União Europeia e concluir que as medidas que estão a ser aplicadas em Portugal são meras repetições de erros já praticados no passado – além da Grécia, também a Argentina e o Equador (para citar dois dos exemplos identificados no documentário) viram a sua economia, a sua soberania, a subsistência do seu povo ameaçadas pelas medidas impostas pelo FMI.

Ao longo da conversa e analisando diferentes momentos do documentário, foi possível concluir que de facto este caminho que nos querem vender como inevitável, não o é. Inevitáveis são todas as consequências desastrosas que resultam da sua continuação: o aumento do desemprego, o aumento das desigualdades sociais, o aumento da pobreza e da miséria, a degradação das condições de vida dos trabalhadores e dos povos a níveis desumanos. Todos estes cenários foram constatados neste documentário. Todos estes cenários resultam de políticas de desinvestimento na produção nacional, na saúde e na educação, de políticas de privatizações criminosas e de descapitalização do estado, de políticas que cortam em apoios sociais, que não promovem emprego com direitos, políticas de submissão e subserviência a interesses externos que mais não são do que a defesa dos interesses das grande potências europeias e até mundiais. Políticas que escravizam um povo, que o conduzem à sua própria morte, enquanto engordam o grande capital económico e financeiro e enquanto governam em nome de interesses especulativos.

Foi assim na Argentina. Foi assim no Equador. Está a ser assim na Grécia. Será assim em Portugal se continuarmos a insistir neste caminho de desastre.

Foi com esta análise que se concluiu também que, conforme exemplos do passado e do presente, é com a luta dos trabalhadores, das populações, com a luta de massas, com a luta do povo, que se pode inverter este rumo.

O PCP apela assim aos trabalhadores, aos jovens, aos desempregados, aos reformados, todos aqueles que querem construir um Portugal com futuro, que recusam este pacto de agressão, que defendem a soberania e independência nacionais, que se juntem à manifestação convocada pela CGTP no próximo dia 1 de Outubro, fazendo ouvir a sua voz de protesto e indignação.

Contra o empobrecimento e as injustiças sociais. Pelo emprego com direitos, por salários e pensões dignas, pelos direitos sociais.

Vila Nova de Gaia, 26 de Setembro de 2011

a Comissão Concelhia de Vila Nova de Gaia do PCP

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23 de setembro de 2011

Agenda - Debate com João Ferreira (deputado do PCP no PE) – 24.9.2011

No CT do PCP (Avenida da República, 664), no sábado, 24/9, a partir das 18h, Debate e Convívio com João Ferreira (Deputado do PCP ao Parlamento Europeu) sobre o tema


"OS MERCADOS DA CRISE - CAPITALISMO E ESPECULAÇÃO"


Projecção do filme “Dividocracia”

Esta iniciativa consistirá na projecção do filme “Dividocracia” (documentário sobre a crise na Grécia) e num debate com a presença de João Ferreira, deputado no Parlamento Europeu, seguido de um Convívio.

Vila Nova de Gaia, 23 de Setembro de 2011

a Comissão Concelhia de Vila Nova de Gaia do PCP

11.09.24 A Crise CFMafamude

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22 de setembro de 2011

NI - PCP apresenta pergunta escrita ao Governo sobre possível encerramento de Centros Saúde em V. N. Gaia – 22.9.2011

Desde a sua criação (1979), que tem sido sistemático, por parte dos Partidos com assento no Governo, o ataque ao Serviço Nacional de Saúde. A tentativa de destruir um sistema consagrado, no seu Artigo 64, na Constituição da República Portuguesa (que emana do 25 de Abril de 1974), não é nova. A tentativa de entregar aos privados a área da Saúde não é nova também.

As políticas que têm sido praticadas e as propostas do actual Governo PSD/CDS, ameaçam a existência do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e com isso agridem gravemente os direitos fundamentais dos trabalhadores e do Povo Português.

Encerramento de urgências, centros de saúde, hospitais e maternidades; falta de médicos e enfermeiros, falta de auxiliares; falta de condições laborais dos profissionais de saúde; milhares e milhares de portugueses sem médico de família; escassez de meios e instrumentos que permitam um atendimento que responda dignamente a qualquer utente,… Estas são as consequências do progressivo desinvestimento que tem sido feito na saúde pública, abrindo assim a porta aos investidores privados para que possam lucrar à custa das vidas de outros.

Vila Nova de Gaia não é excepção e a intenção de encerrar extensões de saúde no concelho obteve a forte recusa e repúdio por parte do PCP, que apresentou na Assembleia da República a seguinte pergunta:

“Em recente reunião do Ministro da Saúde com a Comissão Parlamentar de Saúde, realizada no passado dia 7 de Setembro, ficou a conhecer-se a intenção do Governo de proceder ao encerramento de um número não totalmente definido de extensões de saúde ao longo de todo o País.

Segundo alguns, seria intenção do Governo encerrar pelo menos cem extensões de saúde das quase duas mil que existem em todo o País, segundo outras fontes e outras versões, a intenção do Governo seria antes a de encerrar todas as extensões de saúde que tivessem menos de 1500 utentes inscritos.

Seja qual for a base para suportar uma decisão tão controversa quanto prejudicial para a prestação de cuidados de saúde primários à população, em especial a que vive longe dos centros urbanos e das sedes dos centros de saúde, foi também publicamente referido na altura que “há meses” que as diversas Administrações Regionais de Saúde estariam a “analisar a situação”, razão pela qual importa conhecer melhor e com inteiro rigor as verdadeiras intenções e os reais critérios de base que poderão suportar uma tal decisão em cada um dos dezoito municípios do distrito do Porto.

Assim, e ao abrigo das disposições regimentais e constitucionais aplicáveis, solicita-se ao Governo que, por intermédio do Ministério da Saúde responda às seguintes questões:

1. Quantas e quais as extensões de saúde que o Ministério e a Administração Regional de Saúde do Norte tencionam encerrar no concelho de Vila Nova de Gaia ou, pelo menos, quantas e quais são as extensões de saúde que aí estão “há meses” a ser objecto de análise com vista ao seu potencial encerramento?

2. Que critérios presidiram a uma análise e a uma decisão tão inaceitável e prejudicial para as populações?”

Algumas destas intenções estão já a ser sentidas, como por exemplo no Centro de Saúde de Arcozelo, que encerra agora às 18.00h e que empurra para o Centro de Saúde de Espinho (a funcionar até às 22.00h) utentes das freguesias de Arcozelo, Gulpilhares e S. Félix da Marinha.

Com este cenário quase apetece dizer que as emergências médicas também têm horas e que quem tiver que recorrer ao Serviço Nacional de Saúde em qualquer uma destas freguesias só pode ficar doente até às 18.00h, já que qualquer serviço após essa hora é distante.

A vergonha desta situação é tanto maior quanto o número de pessoas que não dispõem de transportes para se deslocarem ao local alternativo.

A submissão às políticas da troika, os inaceitáveis cortes orçamentais, o aumento das taxas moderadoras, a redução significativa na comparticipação dos medicamentos, a carência de meios materiais e humanos, contribuem para derrubar o Sistema Nacional de Saúde, atropelando assim, mais uma vez, aqueles que têm sido os mais sacrificados e prejudicados: os trabalhadores e o povo.

O PCP rejeita firmemente e combaterá a aplicação de qualquer medida que coloque em causa a sobrevivência do Serviço Nacional de Saúde, rejeita firmemente e combaterá a entrega da saúde à exploração privada.

O PCP exige o cumprimento da Constituição da República Portuguesa e lutará para que os cuidados de saúde dignos não sejam privilégio de alguns que os possam pagar, mas sejam sim para todos.

Vila Nova de Gaia, 22 de Setembro de 2011

a Comissão Concelhia de Vila Nova de Gaia do PCP

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NI - Pílula contraceptiva e vacina cancro colo do útero - Contra o anunciado fim das comparticipações – 22.9.2011

Há mais de três décadas comparticipada, a pílula contraceptiva significou um avanço notável na vida de milhões de mulheres, agora posto em causa.

A efectiva aplicação desta medida, além do escandaloso retrocesso civilizacional que representa, trará consequências desastrosas, nomeadamente no previsível aumento de gravidezes indesejadas e de recurso ao aborto, assim como dos posteriores acrescidos para o Serviço Nacional de Saúde (SNS), que terá que responder a situações que poderiam ser prevenidas.

Atenta-se deste modo à emancipação da mulher e a uma maternidade responsável, assim como se vai matando lentamente um planeamento familiar, já de si fragilizado.

A retirada da comparticipação das vacinas inscritas no Plano Nacional de Vacinação, no caso a vacina do cancro do colo do útero, representará um recuo inadmissível nos cuidados de saúde primários e preventivos. Os dinheiros agora poupados serão gastos em maior quantidade quando, de futuro, for necessário suportar tratamentos associados ao cancro do colo do útero, que actualmente mata uma mulher por dia em Portugal.

Na sequência do anunciar destas medidas, o PSP apresentou a seguinte pergunta na AR:

“O recente anúncio do Ministro da Saúde sobre a possível retirada de comparticipação da pílula e da vacina contra o cancro do colo do útero veio criar novas e maiores preocupações sobre o desenvolvimento das políticas de saúde sexual e reprodutiva. Em 2010, a Assembleia da República aprovou um Projecto de Resolução sobre os direitos sexuais e reprodutivos da mulher ao longo do seu ciclo de vida, apresentado pelo PCP, dando origem à Resolução da Assembleia da República n.º 46/2010, de 21 de Maio, onde consta uma recomendação para que o Governo (incluindo, evidentemente, o actual) «crie condições para que a vacinação que protege contra vírus, como o vírus do papiloma humano (HPV), seja amplamente divulgada e gratuita para todas as mulheres».

Aquando da discussão do diploma em causa, podia ler-se no preâmbulo do respectivo Projecto que «já os dados da saúde dos jovens, publicados em 2006 pela Divisão de Saúde Materna, Infantil e dos Adolescentes da Direcção-Geral de Saúde, apesar da tendência de diminuição da gravidez, maternidade e paternidade adolescentes, “no que respeita às idades mais jovens, constatou-se, nos 20-24 anos, um abrandamento da expressão dessa tendência [de

decréscimo], tendo havido, inclusive, um ligeiro aumento nos anos de 1999 e 2000», confirmando que Portugal se encontra num dos países com a maior taxa de gravidez na adolescência.

Ora, as razões apresentadas para a não comparticipação da pílula anticoncepcional, no seguimento do anterior Governo que não comparticipava as pílulas com menor nível de estrogénio, logo, menos invasivas para a mulher, prendem-se com a sua disponibilização gratuita nos Centros de Saúde. Contudo, as consultas de planeamento familiar, além de não serem garantidas em todas as unidades, funcionam em horário laboral pelo que muitas mulheres não podem ser acompanhadas, e, em muitos casos, como amplamente denunciado na comunicação social, frequentemente se verificam ruptura de stocks das já reduzidas marcas disponibilizada, ao que acresce o facto de ser uma questão especialmente sensível nas raparigas mais jovens que muitas vezes não estão disponíveis, por razões de pressão social, para se dirigirem ao centro de saúde a fim de obter o contraceptivo.

Sublinhe-se ainda o aumento estimado, por exemplo, para 18 euros das pílulas que actualmente custam 5,75 euros, podendo este aumento significar que muitas mulheres, por razões de impossibilidade económica, se vejam excluídas do acesso a este meio anticoncepcional.

Quanto à vacina contra o cancro do útero, depois de várias recomendações da União Europeia, de petições organizadas por movimentos de mulheres (nomeadamente o Movimento Democrático de Mulheres), de diversas campanhas nacionais e internacionais de sensibilização, esta foi incluída no Plano Nacional de Vacinação para as raparigas até aos 17 anos, não sendo, contudo, acessível à grande maioria das mulheres. A retirada da sua comparticipação traz custos insuportáveis para a grande maioria das mulheres que ficam assim impossibilitadas de aceder a esta importante vacina.

Esta vacina visa prevenir o cancro do colo do útero e outras doenças provocadas pelo VPH. O cancro do colo do útero continua a ser a segunda causa mais comum de cancro (depois do cancro da mama) entre as mulheres jovens (15-44 anos) na Europa. Portugal regista a maior incidência da doença entre os restantes países da União Europeia: cerca de 17 casos por cada 100 mil habitantes, com 900 novos casos por ano.

Todos os anos morrem mais de 300 mulheres em Portugal com este tipo de cancro. As infecções por VPH são muito comuns, estimando-se que mais de 70% das pessoas com uma vida sexual activa contraiam pelo menos uma infecção deste tipo. A esmagadora maioria das infecções é controlada pelo nosso sistema imunitário e quase inofensiva, mas cerca de 20% tornam-se crónicas e podem originar cancro, sobretudo se associadas a outros factores, como os genéticos ou adquiridos, como o tabagismo. O rastreio deste tipo de cancro é fundamental, uma vez que, quando detectado no início, o tratamento pode ter uma taxa de sucesso de 100%.

Tais anúncios de cortes provocaram já a discordância de amplos sectores da população, nomeadamente de movimentos sociais como o Movimento Democrático de Mulheres, a Associação para o Planeamento da Família, o Movimento de Utentes dos Serviços Públicos, a CGTP-IN e também do Bastonário da Ordem dos Médicos.

O planeamento familiar é um direito de todos, consagrando desde 1984 e um meio fundamental de organização familiar e pessoal. Medidas economicistas de cortes em direitos sociais e fundamentais põem em risco conquistas históricas e os direitos mais básicos das pessoas como o direito à saúde.

Assim, ao abrigo do disposto na alínea d) do Artigo 156º da Constituição da República Portuguesa e da alínea d), do n.º 1 do artigo 4º do Regimento da Assembleia da República, solicitamos à Exma. Senhora Secretária de Estado da Igualdade, os seguintes esclarecimentos:

-Entende a Sra. Secretária de Estado que estas medidas, a serem tomadas vão beneficiar as mulheres portuguesas? Em que termos são estas medidas um contributo para a melhoria de vida das mulheres?

-Estando o Governo vinculado a uma Resolução da Assembleia da República como justifica que possa adoptar medidas que contrariam, em toda a linha, a Resolução aprovada e em vigor?

-Entende a Sra. Secretária de Estado ser esta uma forma eficaz de garantir o direito à saúde e ao planeamento familiar?”

O PCP recusa a aplicação destas medidas, o seu significado desumano e cruel, considerando que se atacam direitos fundamentais.

O PCP alerta que as mesmas são parte de uma manobra de privatização do SNS e lutará pela urgência de um SNS universal, geral e gratuito.

Vila Nova de Gaia, 22 de Setembro de 2011

a Comissão Concelhia de Vila Nova de Gaia do PCP

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NI - PCP apresenta pergunta escrita ao Governo sobre possível encerramento de Centros Saúde em V. N. Gaia – 22.9.2011

Desde a sua criação (1979), que tem sido sistemático, por parte dos Partidos com assento no Governo, o ataque ao Serviço Nacional de Saúde. A tentativa de destruir um sistema consagrado, no seu Artigo 64, na Constituição da República Portuguesa (que emana do 25 de Abril de 1974), não é nova. A tentativa de entregar aos privados a área da Saúde não é nova também.

As políticas que têm sido praticadas e as propostas do actual Governo PSD/CDS, ameaçam a existência do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e com isso agridem gravemente os direitos fundamentais dos trabalhadores e do Povo Português.

Encerramento de urgências, centros de saúde, hospitais e maternidades; falta de médicos e enfermeiros, falta de auxiliares; falta de condições laborais dos profissionais de saúde; milhares e milhares de portugueses sem médico de família; escassez de meios e instrumentos que permitam um atendimento que responda dignamente a qualquer utente,… Estas são as consequências do progressivo desinvestimento que tem sido feito na saúde pública, abrindo assim a porta aos investidores privados para que possam lucrar à custa das vidas de outros.

Vila Nova de Gaia não é excepção e a intenção de encerrar extensões de saúde no concelho obteve a forte recusa e repúdio por parte do PCP, que apresentou na Assembleia da República a seguinte pergunta:

Em recente reunião do Ministro da Saúde com a Comissão Parlamentar de Saúde, realizada no passado dia 7 de Setembro, ficou a conhecer-se a intenção do Governo de proceder ao encerramento de um número não totalmente definido de extensões de saúde ao longo de todo o País.

Segundo alguns, seria intenção do Governo encerrar pelo menos cem extensões de saúde das quase duas mil que existem em todo o País, segundo outras fontes e outras versões, a intenção do Governo seria antes a de encerrar todas as extensões de saúde que tivessem menos de 1500 utentes inscritos.

Seja qual for a base para suportar uma decisão tão controversa quanto prejudicial para a prestação de cuidados de saúde primários à população, em especial a que vive longe dos centros urbanos e das sedes dos centros de saúde, foi também publicamente referido na altura que “há meses” que as diversas Administrações Regionais de Saúde estariam a “analisar a situação”, razão pela qual importa conhecer melhor e com inteiro rigor as verdadeiras intenções e os reais critérios de base que poderão suportar uma tal decisão em cada um dos dezoito municípios do distrito do Porto.

Assim, e ao abrigo das disposições regimentais e constitucionais aplicáveis, solicita-se ao Governo que, por intermédio do Ministério da Saúde responda às seguintes questões:

1. Quantas e quais as extensões de saúde que o Ministério e a Administração Regional de Saúde do Norte tencionam encerrar no concelho de Vila Nova de Gaia ou, pelo menos, quantas e quais são as extensões de saúde que aí estão “há meses” a ser objecto de análise com vista ao seu potencial encerramento?

2. Que critérios presidiram a uma análise e a uma decisão tão inaceitável e prejudicial para as populações?”

Algumas destas intenções estão já a ser sentidas, como por exemplo no Centro de Saúde de Arcozelo, que encerra agora às 18.00h e que empurra para o Centro de Saúde de Espinho (a funcionar até às 22.00h) utentes das freguesias de Arcozelo, Gulpilhares e S. Félix da Marinha.

Com este cenário quase apetece dizer que as emergências médicas também têm horas e que quem tiver que recorrer ao Serviço Nacional de Saúde em qualquer uma destas freguesias só pode ficar doente até às 18.00h, já que qualquer serviço após essa hora é distante.

A vergonha desta situação é tanto maior quanto o número de pessoas que não dispõem de transportes para se deslocarem ao local alternativo.

A submissão às políticas da troika, os inaceitáveis cortes orçamentais, o aumento das taxas moderadoras, a redução significativa na comparticipação dos medicamentos, a carência de meios materiais e humanos, contribuem para derrubar o Sistema Nacional de Saúde, atropelando assim, mais uma vez, aqueles que têm sido os mais sacrificados e prejudicados: os trabalhadores e o povo.

O PCP rejeita firmemente e combaterá a aplicação de qualquer medida que coloque em causa a sobrevivência do Serviço Nacional de Saúde, rejeita firmemente e combaterá a entrega da saúde à exploração privada.

O PCP exige o cumprimento da Constituição da República Portuguesa e lutará para que os cuidados de saúde dignos não sejam privilégio de alguns que os possam pagar, mas sejam sim para todos.

Vila Nova de Gaia, 22 de Setembro de 2011

a Comissão Concelhia de Vila Nova de Gaia do PCP

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NI - PCP questiona Governo sobre salários em atraso na empresa Tempo Norte – 22.9.2011

Estão em curso obras na nova auto-estrada A32, que irá ligar Vila Nova de Gaia a Oliveira de Azeméis, atravessando cinco freguesias do concelho: Pedroso, Olival, Vilar de Andorinho, Sandim e Crestuma.

O Executivo Camarário, que com toda a demagogia que lhe é própria fala desta obra como se fosse algo de urgente e imprescindível para o concelho, esquece que o problema de mobilidade em Vila Nova de Gaia não se resolve com a construção de uma auto-estrada, que ainda para mais será portajada, deixando assim de fora todos os habitantes que, naquelas freguesias distantes, não dispõem de carro ou não têm dinheiro suficiente para suportar as portagens a que vão ser sujeitos.

A glorificação feita pela Câmara Municipal de Gaia à necessidade e utilidade desta obra para o concelho, a forma como quase ‘reclamam’ a mesma como ‘sua obra’, reflecte bem a política preferencial praticada em Gaia – a política da imagem, do show-off, da aposta em obras e investimentos que sejam chamativos e grandiosos, mesmo que nada correspondam às necessidades mais prementes da população gaiense.

Na última visita ao local, no passado mês de Agosto, o por enquanto Presidente Luis Filipe Menezes, afirmou "Esta nova via A32, associada à A41, vai fazer uma rede de auto-estradas fabulosa em Vila Nova de Gaia.", o que é revelador de como este Executivo Camarário vive de ilusões. Por mais fabulosa que seja a rede viária de auto-estradas no concelho, enquanto prosseguirem estas políticas geradoras de desemprego, precariedade e carências económicas e sociais, os trabalhadores, os jovens, os reformados, os desempregados de Vila Nova de Gaia continuarão a viver cada vez mais situações de profunda miséria e pobreza, que nem sequer lhes vais permitir ver quão fabulosas são as auto-estradas de Gaia.

Mas essa não é a preocupação principal deste Executivo Camarário. Tanto não é, que o mesmo apoia de forma inequívoca as obras em curso, mesmo que estas estejam a ser executadas por trabalhadores da empresa Tempo Norte (contratada pela Teixeira Duarte para estas obras) que não recebem o seu salário desde Julho e que trabalham uma média de 10 a 12 horas por dia. Esta realidade merece a indignação e a exigência da regularização imediata da situação da parte de qualquer entidade ou instituição envolvida neste processo, inclusive deste Executivo Camarário.

Tal não aconteceu. Mas mereceu a revolta e indignação do PCP, que colocou na Assembleia da República a pergunta que abaixo transcrevemos:

“Uma notícia hoje publicada, num órgão de comunicação social, dá conta da situação dramática que vivem 130 trabalhadores da empresa Tempo Norte. Na verdade, esta empresa de trabalho temporário, cujos trabalhadores estão a trabalhar para a empresa Teixeira Duarte na construção da A32, está com os salários do mês de Julho em atraso.

Importa referir que há trabalhadores que trabalham mais de 10, 12 horas por dia e que a sua situação agora, que se verificam estes salários em atraso, é muito difícil.

Assim, ao abrigo da alínea d) do artigo 156º da Constituição e nos termos e para os efeitos do 229º do Regimento da Assembleia da República, pergunto ao Ministério da Economia e do Emprego o seguinte:

1.º Que medidas vai este Ministério tomar para salvaguardar os direitos destes trabalhadores?

2.º Que medidas inspectivas, nomeadamente por via da Autoridade para as Condições do Trabalho, vai este Ministério tomar para averiguar da legalidade ou não da utilização, por parte da empresa Teixeira Duarte, de empresas de trabalho temporário?”

A indiferença e o silêncio da C. M. Gaia são reveladores dos interesses que defendem e esses não são os interesses dos trabalhadores. Caso fossem, jamais passaria em branco a escandalosa situação dos trabalhadores da A32. Nada que surpreenda, dado o elevado grau de comprometimento da CM com o grande capital.

A Câmara Municipal de Gaia gosta de ser protagonista de cenários meramente estéticos e grande parte das vezes ocos, uma vez que não procuram resolver os problemas de fundo existente no concelho. Conivente com outros interesses, os dos grandes grupos económicos e financeiros, este Executivo tenta encapotar e escamotear a todo o custo as suas responsabilidades pela trágica situação que se vive em Gaia. Oferece assim auto-estradas, esperando que isto esconda a falta de apoios sociais, a falta de apoio à cultura e ao desporto amador, a falta de políticas de educação de carácter público, a falta de uma rede de transportes que responda realmente às necessidades de mobilidade dos gaienses, a falta de políticas de investimento público e geradoras de emprego com direitos.

Não esconde, e o PCP lembrará as vezes necessárias que para os interesses dos habitantes de Vila Nova de Gaia são necessárias outras políticas, que combata o desemprego, a precariedade laboral, que promovam o investimento na produção nacional, no comércio tradicional e local, políticas de efectivo apoio a associações culturais e desportivas, políticas de apoio social, políticas que não sejam subservientes a troikas nacionais ou estrangeiras.

Vila Nova de Gaia, 22 de Setembro de 2011

a Comissão Concelhia de Vila Nova de Gaia do PCP

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16 de setembro de 2011

NI – Mais encenações e falsidades – 16.9.2011

Karts: Câmara “desconhece” os impactos da iniciativa

Apesar dos enormes prejuízos  para os moradores nas anteriores edições, com ruído, lixo, dificuldades de acesso, etc, quando questionada pela CDU sobre as reais vantagens e desvantagens da realização deste evento a Câmara nada soube responder, apesar de se tratar de um investimento vultuoso da Gaianima, da ordem dos 100 mil euros, que apenas mobiliza algumas centenas de pessoas.

A CDU tomou posição contra a repetição da prova no mesmo local e nas condições do ano passado dado os sérios prejuízos causados à população, não só nos dias da prova como na segunda-feira seguinte. Contudo, a Câmara mostrou-se insensível aos argumentos.

Ficou assim e mais uma vez confirmado que, para efeitos de encenação mediática, qualquer coisa serve e qualquer preço é pago.

Falsidades

A CDU tomou também posição contra diversas falsidades contidas numa peça pretensamente jornalística no JN, que mais não era do que uma encomenda promocional para o atual Presidente da Câmara, putativo candidato a igual cargo na cidade do Porto que assim vai preparando terreno.

Entre outras falsidades (como a pretensa classificação pela UNESCO das Caves do Vinho do Porto, e ter a cidade de Gaia mais áreas verdes do que as cidades suecas), o entrevistado apresentava-se como aglutinador de vontades e supra partidário, invocando a aquisição de um pretenso “antigo líder do PCP em Gaia”, o que nunca aconteceu.

Situação do país agrava-se – lutar é imperioso

Numa intervenção de fundo, a CDU alertou para o agravamento da situação do País e apelou à participação nas manifestações que, a 1 de Outubro, se realizarão em Lisboa e Porto, contra as políticas de capitulação às imposições de uma “troika” estrangeira e de ataque às funlções sociais dos Estado e ao património público, em benefício dos grandes grupos financeiros cuja atividade especulativa desencadeou a alegada “crise” que tudo justifica.

Como noutros períodos da nossa História, será mais uma vez o Povo a dar resposta a esta política.

Falecimento de Beatriz Cal Brandão

A CDU associou-se a um Voto de Pesar pelo recente falecimento de Beatriz Cal Brandão, grande lutadora pela Democracia e pelos direitos da mulher, que se destacou na luta antifascista, tendo sido presa pela PIDE diversas vezes.

16.Setembro.2011 CDU/Gaia - Gabinete de Imprensa

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15 de setembro de 2011

NI - Executivo Municipal diz desconhecer impactos do Circuito Urbano de Karts sobre a população – 15.9.2011

 

À semelhança do ano passado, no próximo fim-de-semana volta a realizar-se em Vila Nova de Gaia, promovido pela Gaianima, o Circuito Urbano de Karts, em Vila Nova de Gaia.

Os eleitos da CDU questionaram na Assembleia Municipal do passado dia 13 de Setembro, o Executivo da Câmara Municipal sobre a realização de uma nova edição da prova, e cuja intervenção transcrevemos abaixo:

Tem sido noticiado a realização de outro evento de karts, em forma de circuito urbano em Vila Nova de Gaia. Sem pôr em causa a realização de eventos desportivos, culturais e recreativos que possam promover Vila Nova de Gaia, captar investimentos e atrair gente ao Concelho, a realização deste evento específico lança algumas dúvidas, quanto ao seu mérito, custo e implicações para a população de Vila Nova de Gaia.

Numa época em que se exigem acrescidos sacrifícios para os trabalhadores e o Povo, a realização deste tipo de eventos, com custos e benefícios duvidosos, merece desde logo as maiores dúvidas e, eventualmente, a oposição por parte da CDU.

Tem de se ter em conta as experiências anteriores, em que se registaram enormes prejuízos  para os moradores das zonas onde se realizou tal prova - pessoas de mobilidade reduzida, idosos, pessoas portadoras de deficiência que ficaram enclausuradas nas suas casas ou zonas por 3 dias, por não conseguirem subir as pontes e escadas colocadas em redor do evento, além do ruído provocado, noite e dia, não permitindo o adequado descanso aos habitantes da zona urbana de Gaia.

Há também uma dúvida razoável quanto ao retorno financeiro desta prova para o município de Gaia, tendo em conta que não é, como se viu claramente, um evento com capacidade de atracção de massas, que eventualmente pudesse dinamizar o comércio local.

As prioridades do Executivo PSD/CDS-PP são, no mínimo discutíveis. Por um lado, as associações recreativas e culturais do Concelho, que prestam durante todo o ano um importante papel na cultura, desporto e recreio em Gaia, deparam-se com um futuro incerto, em resultado dos cortes anunciados pelo  Pelouro da Cultura; as ruas e arruamentos do Concelho degradam-se e arrasta-se a sua reparação; e, por outro lado, para eventos como este, de duvidosa utilidade e retorno, parecem não faltar verbas ou disponibilidades.

Importa pois que seja devidamente esclarecida esta matéria, para que se possa perceber quais as reais vantagens e desvantagens da realização deste evento.

Às denúncias da CDU a resposta do Executivo da Câmara Municipal foi de desconhecimento sobre os impactos que tal prova teve na população, o que acaba por ser demonstrativo de como este Executivo Municipal se encontra afastado da realidade que se vive em Vila Nova de Gaia.

Vila Nova de Gaia, 15 de Setembro de 2011

a Comissão Concelhia de Vila Nova de Gaia do PCP

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