Conferência de Imprensa - Questões de relevo político no Concelho - 30.10.2008, 15h00
Neste encontro com a Comunicação Social queremos apresentar propostas e salientar três preocupações fundamentais relacionadas com o agravamento da situação social em Vila Nova de Gaia, com a persistência do autoritarismo da maioria PSD/CDS na CMG e da falta de diálogo com as populações, camuflado por um abuso de utilização de meios públicos na campanha de propaganda pessoal e partidária, sobretudo do Presidente e Vice-Presidente, e com o adiamento, por parte do Governo e da CMG, de projectos e investimentos fundamentais para o desenvolvimento equilibrado do município e a melhoria das condições de vida da população.
1º - O agravamento da situação social, com cerca de 60 mil gaienses a viver em situação de pobreza, a proliferação do trabalho precário e mal pago, o aumento do desemprego, para o qual a Yazaki Saltano acaba de dar mais um contributo, e novas ameaças de encerramento de empresas, com destaque para a Granit e outras pequenas empresas, as dificuldades do comércio tradicional resultantes da baixa do poder de compra da população e da pressão das grandes superfícies comerciais. A tudo isto acresce uma política municipal empenhada na cobertura a um urbanismo que privilegia o apoio aos grupos económicos e financeiros e desvaloriza as zonas populares, mantém a carência de equipamentos sociais e apoios à infância e aos idosos, não tem em conta os preços elevados dos transportes públicos e a sua descoordenação e escassez, designadamente no interior do concelho, agrava as taxas e sobretaxas que sobrecarregam os munícipes, incluindo o pagamento do acesso à generalidade dos equipamentos municipais, de que é exemplo o Parque Biológico Municipal, desvirtuando os objectivos para que foi criado.
2º - A multiplicação dos casos de autoritarismo e prepotência, a falta de diálogo com as populações e a acção persecutória contra os que se opõem às opiniões e posições da maioria camarária, de que são exemplos mais recentes as acções na zona histórica e as relações com alguns sectores e trabalhadores do município e de freguesias. A CDU manifesta, mais uma vez, a sua oposição ao autêntico estado de sítio em que foi colocada parte da zona histórica, aliás, de duvidosa legalidade. Insiste na prioridade que deve ser dada à reabilitação urbana para habitação dos moradores que foram retirados dali, e não para venda a quem tiver dinheiro para comprar, como está a fazer a maioria PSD/CDS. De igual modo, protestamos contra o atraso na construção do novo bairro municipal, no arranjo da rua da Calçada da Serra e outras envolventes, bem como contra a lentidão de obras municipais nalgumas freguesias.
Simultaneamente, sublinhamos a nossa oposição aos elevados encargos que o município mantém na propaganda multiplicada pelas empresas municipais e pelas assessorias, que crescem como polvos, procurando envolver e controlar partidariamente a vida das instituições concelhias.
Na próxima reunião da CMG, a vereadora da CDU irá dar voz a propostas coerentes com as posições que aqui apresentamos.
3º - Vila Nova de Gaia, terceiro concelho mais populoso do País, continua sem receber da Administração Central os investimentos públicos compatíveis com a sua dimensão. Bastará dizer que dos 13,944 milhões de euros previstos no PIDDAC para 2009, cerca de 83, 5% são destinados à extensão do Metro a Sto.Ovídio, ficando apenas o remanescente – pouco mais de dois milhões de euros – para todas as obras necessárias.
Não admira, pois, que os poucos empreendimentos previstos tenham verbas exíguas, como são os casos do C. de Saúde dos Carvalhos e a extensão de Vilar de Andorinho.
Se o Governo não alterar tal proposta, isto significa que empreendimentos há muito reclamados ficarão por concretizar, como são os casos seguintes:
O Centro Histórico continuará a despovoar-se, na falta de um verdadeiro Programa de Reabilitação urbana, a rede pública de Jardins de Infância continuará insuficiente bem como o número de Centros de Dia e Lares da Terceira Idade.
Quanto à rede do Metro, constitui uma verdadeira afronta o protelamento da construção da ligação a Vilar de Andorinho e da Linha da Arrábida.
Para que Vila Nova de Gaia não continue a ser esquecida, seria bom que as forças políticas daqueles que, a nível autárquico, também criticam o Governo por estes esquecimentos, na Assembleia da República fossem coerentes e votassem as propostas que o PCP, através dos seus deputados na Assembleia da República, vão apresentar, na luta que fazemos para que investimentos tão necessários se tornem realidade.
Presentes na Conferência de Imprensa:
Ilda Figueiredo, vereadora na C. M. Gaia
Jorge Sarabando, eleito na A. M. Gaia
Paulo Tavares, eleito na A. M. Gaia
1º - O agravamento da situação social, com cerca de 60 mil gaienses a viver em situação de pobreza, a proliferação do trabalho precário e mal pago, o aumento do desemprego, para o qual a Yazaki Saltano acaba de dar mais um contributo, e novas ameaças de encerramento de empresas, com destaque para a Granit e outras pequenas empresas, as dificuldades do comércio tradicional resultantes da baixa do poder de compra da população e da pressão das grandes superfícies comerciais. A tudo isto acresce uma política municipal empenhada na cobertura a um urbanismo que privilegia o apoio aos grupos económicos e financeiros e desvaloriza as zonas populares, mantém a carência de equipamentos sociais e apoios à infância e aos idosos, não tem em conta os preços elevados dos transportes públicos e a sua descoordenação e escassez, designadamente no interior do concelho, agrava as taxas e sobretaxas que sobrecarregam os munícipes, incluindo o pagamento do acesso à generalidade dos equipamentos municipais, de que é exemplo o Parque Biológico Municipal, desvirtuando os objectivos para que foi criado.
2º - A multiplicação dos casos de autoritarismo e prepotência, a falta de diálogo com as populações e a acção persecutória contra os que se opõem às opiniões e posições da maioria camarária, de que são exemplos mais recentes as acções na zona histórica e as relações com alguns sectores e trabalhadores do município e de freguesias. A CDU manifesta, mais uma vez, a sua oposição ao autêntico estado de sítio em que foi colocada parte da zona histórica, aliás, de duvidosa legalidade. Insiste na prioridade que deve ser dada à reabilitação urbana para habitação dos moradores que foram retirados dali, e não para venda a quem tiver dinheiro para comprar, como está a fazer a maioria PSD/CDS. De igual modo, protestamos contra o atraso na construção do novo bairro municipal, no arranjo da rua da Calçada da Serra e outras envolventes, bem como contra a lentidão de obras municipais nalgumas freguesias.
Simultaneamente, sublinhamos a nossa oposição aos elevados encargos que o município mantém na propaganda multiplicada pelas empresas municipais e pelas assessorias, que crescem como polvos, procurando envolver e controlar partidariamente a vida das instituições concelhias.
Na próxima reunião da CMG, a vereadora da CDU irá dar voz a propostas coerentes com as posições que aqui apresentamos.
3º - Vila Nova de Gaia, terceiro concelho mais populoso do País, continua sem receber da Administração Central os investimentos públicos compatíveis com a sua dimensão. Bastará dizer que dos 13,944 milhões de euros previstos no PIDDAC para 2009, cerca de 83, 5% são destinados à extensão do Metro a Sto.Ovídio, ficando apenas o remanescente – pouco mais de dois milhões de euros – para todas as obras necessárias.
Não admira, pois, que os poucos empreendimentos previstos tenham verbas exíguas, como são os casos do C. de Saúde dos Carvalhos e a extensão de Vilar de Andorinho.
Se o Governo não alterar tal proposta, isto significa que empreendimentos há muito reclamados ficarão por concretizar, como são os casos seguintes:
- construção das Escolas EB23 de Serzedo e de Madalena/Canidelo; obras urgentes no parque escolar, como pavilhões gimno-desportivos, salas de aula, cantinas e bibliotecas em escolas do 1º ciclo; a substituição dos telhados de fibro-cimento com amianto;
- · a reconstrução da Extensão da Afurada do Centro de Saúde de Barão do Corvo e melhorias em outros;
- · a esquadra da PSP de Vilar de Andorinho e o posto da GNR de Arcozelo;
- · o Parque Regional da Serra de Canelas/Negrelos e a Loja do Cidadão.
O Centro Histórico continuará a despovoar-se, na falta de um verdadeiro Programa de Reabilitação urbana, a rede pública de Jardins de Infância continuará insuficiente bem como o número de Centros de Dia e Lares da Terceira Idade.
Quanto à rede do Metro, constitui uma verdadeira afronta o protelamento da construção da ligação a Vilar de Andorinho e da Linha da Arrábida.
Para que Vila Nova de Gaia não continue a ser esquecida, seria bom que as forças políticas daqueles que, a nível autárquico, também criticam o Governo por estes esquecimentos, na Assembleia da República fossem coerentes e votassem as propostas que o PCP, através dos seus deputados na Assembleia da República, vão apresentar, na luta que fazemos para que investimentos tão necessários se tornem realidade.
Presentes na Conferência de Imprensa:
Ilda Figueiredo, vereadora na C. M. Gaia
Jorge Sarabando, eleito na A. M. Gaia
Paulo Tavares, eleito na A. M. Gaia