O Centro Histórico e a política dos Mecos - Texto de PT
Quem se desloque à Beira Rio pode concerteza desfrutar de uma bela paisagem, de grande valor histórico patrimonial e natural.
Pode ainda usufruir de um espaço público de lazer, e ainda do “Cais de Gaia” – ambas as obras da iniciativa e responsabilidade da APDL, mas que a maioria camarária teima em defender como suas. Tal atitude a mim, e a muitos Gaienses, não causa admiração, pois existem por aí outras obras que não são da responsabilidade da Câmara mas que a maioria PSD/PP chama a si, como a um figo.
Mas naquele mesmo espaço, onde por vezes vamos passear com a família e que a maioria das pessoas acha aprazível, ao levantarmos a cabeça e olharmos em redor, vemos a Zona Histórica de Sta. Marinha. Abandonada.
A Calçada da Serra é um local praticamente deserto. As dezenas de famílias que de lá saíram com a promessa do Dr. Meneses de lá voltarem, estão hoje espalhadas pelo Concelho, nos vários bairros sociais. Aliás, a Calçada da Serra é hoje um convite à criminalidade, tantas são as casas devolutas que lá existem, com portas arrombadas e com recantos sinistros. Aqui também se coloca a seguinte questão: que projecto tem o Presidente da Câmara para aquele local? Nada se diz, mas por parte da população muito se fala!
Continuando a olhar em redor vemos também a Rua General Torres, a Rua da Fervença, a Rua do Pilar, em decadência pela degradação das casas, ou das próprias ruas, ou de ambas.
Saindo da zona da beira-rio e entrando em pleno centro histórico, um dos principais pólos de atracção, para algumas pessoas que ainda lá moram e para turistas que por lá passam (iria lá alguém pensar!) são os “mecos” da maioria da Câmara.
Foram lá foram colocados “apenas” para impedir a circulação “não autorizada”, mas PUM!... – Mais um! – dizem as pessoas, com toda a naturalidade, referindo-se a mais um carro, entre muitos outros, que embateu num “meco da Câmara”. Despertadas pela curiosidade as pessoas lá se aproximam para indagar dos estragos causados ao automóvel e ver se há feridos. Uma boa imagem para o Turismo em Gaia, sem dúvida!
Mas aqueles obstáculos, que foram ali colocados sob o pretexto de facilitarem uma melhor circulação dos carros de emergência - aliás argumento que não convence a população - provocam outro tipo de constrangimentos. Por exemplo, as pessoas que necessitem entrar nas “zonas interditas”, têm que sair dos seus carros, tocar a uma campainha, e justificarem-se a uma entidade invisível que nem sabem quem seja, dizerem ao que vão, expondo assim a sua vida privada e a dos seus familiares. Prejudicam ainda o negócio dos pequenos comerciantes lá existentes, prejudicam as populações que habitam em torno do Centro Histórico, que se vêm obrigadas a circular com o seu veículo o triplo, ou mais, do trajecto que faziam anteriormente para voltar às suas casas.
Um outro aspecto que considero grave em todo este problema, (mas não me admira), é o facto da maioria da Câmara, não ter colocado à discussão pública todo este processo. E não o fizeram, porque aí teriam que dar outro tipo de explicações. Por exemplo:
Não será já altura de colocar um fim a esta política de guetização?
Pode ainda usufruir de um espaço público de lazer, e ainda do “Cais de Gaia” – ambas as obras da iniciativa e responsabilidade da APDL, mas que a maioria camarária teima em defender como suas. Tal atitude a mim, e a muitos Gaienses, não causa admiração, pois existem por aí outras obras que não são da responsabilidade da Câmara mas que a maioria PSD/PP chama a si, como a um figo.
Mas naquele mesmo espaço, onde por vezes vamos passear com a família e que a maioria das pessoas acha aprazível, ao levantarmos a cabeça e olharmos em redor, vemos a Zona Histórica de Sta. Marinha. Abandonada.
A Calçada da Serra é um local praticamente deserto. As dezenas de famílias que de lá saíram com a promessa do Dr. Meneses de lá voltarem, estão hoje espalhadas pelo Concelho, nos vários bairros sociais. Aliás, a Calçada da Serra é hoje um convite à criminalidade, tantas são as casas devolutas que lá existem, com portas arrombadas e com recantos sinistros. Aqui também se coloca a seguinte questão: que projecto tem o Presidente da Câmara para aquele local? Nada se diz, mas por parte da população muito se fala!
Continuando a olhar em redor vemos também a Rua General Torres, a Rua da Fervença, a Rua do Pilar, em decadência pela degradação das casas, ou das próprias ruas, ou de ambas.
Saindo da zona da beira-rio e entrando em pleno centro histórico, um dos principais pólos de atracção, para algumas pessoas que ainda lá moram e para turistas que por lá passam (iria lá alguém pensar!) são os “mecos” da maioria da Câmara.
Foram lá foram colocados “apenas” para impedir a circulação “não autorizada”, mas PUM!... – Mais um! – dizem as pessoas, com toda a naturalidade, referindo-se a mais um carro, entre muitos outros, que embateu num “meco da Câmara”. Despertadas pela curiosidade as pessoas lá se aproximam para indagar dos estragos causados ao automóvel e ver se há feridos. Uma boa imagem para o Turismo em Gaia, sem dúvida!
Mas aqueles obstáculos, que foram ali colocados sob o pretexto de facilitarem uma melhor circulação dos carros de emergência - aliás argumento que não convence a população - provocam outro tipo de constrangimentos. Por exemplo, as pessoas que necessitem entrar nas “zonas interditas”, têm que sair dos seus carros, tocar a uma campainha, e justificarem-se a uma entidade invisível que nem sabem quem seja, dizerem ao que vão, expondo assim a sua vida privada e a dos seus familiares. Prejudicam ainda o negócio dos pequenos comerciantes lá existentes, prejudicam as populações que habitam em torno do Centro Histórico, que se vêm obrigadas a circular com o seu veículo o triplo, ou mais, do trajecto que faziam anteriormente para voltar às suas casas.
Um outro aspecto que considero grave em todo este problema, (mas não me admira), é o facto da maioria da Câmara, não ter colocado à discussão pública todo este processo. E não o fizeram, porque aí teriam que dar outro tipo de explicações. Por exemplo:
- Porque não se faz a reabilitação das casas do Centro Histórico?
- Para onde foram os dinheiros vindos de fundos comunitários e que estavam previstos para a reabilitação do Centro Histórico?
- Porque não foram ainda criadas alternativas de estacionamento na zona para as populações e seus visitantes?
- Que politicas é que têm para dinamizar o comércio tradicional em toda aquela zona?
- Quando trazem de volta as dezenas de pessoas que foram realojadas em bairros sociais, com a promessa de voltarem ao local onde nasceram?
Não será já altura de colocar um fim a esta política de guetização?