De Abril a Maio - Texto de IF
Sucederam-se, nos últimos dias, as comemorações do 25 de Abril de 1974 e do 1º de Maio - Dia do Trabalhador. São 34 anos de festa e de luta. É que a Revolução dos Cravos, que consubstanciou as grandes aspirações do Povo Português, após 48 anos de uma ditadura fascista, obscura e persecutória, demonstrou a todos os portugueses que valeu, e vale a pena lutar, como se continua a fazer.
O 25 de Abril de 1974 foi o fim de um dos períodos mais negros da nossa história, que conheceu o seu termo com a revolta dos militares progressistas e o apoio popular, atentos que estavam às miseráveis condições de vida e à guerra colonial que maltratava milhões de portugueses e milhões de pessoas das ex-colónias de Angola, Moçambique, Guiné, etc.
Mas a verdade é que novos ataques surgem aos direitos conquistados com a revolução de Abril. Que o digam, nomeadamente, os mais de 500 mil desempregados, bem como o tal milhão de precários, os dois milhões de pessoas em situação de pobreza, os mais de 60 mil licenciados no desemprego, os milhares de jovens a recibo verde, ou, mesmo, os milhares de portugueses que se viram obrigados a emigrar, abandonando as suas terras, na procura de um melhor salário ou, simplesmente, de um posto de trabalho.
Aquela data, que significou, também, o fim do obscurantismo, o regresso dos nossos soldados das colónias, a liberdade sindical, e levou, igualmente, ao fim dos monopólios dirigidos por capitalistas protegidos pelo governo fascista, que punham e disponham da fragilidade laboral e humana dos trabalhadores, muitas vezes obrigados a trabalhar de sol a sol, de forma a aumentarem os lucros de (alguns) patrões, sem horário, sem direitos, sem justiça.
A fórmula dos três “D” (Democracia, Descolonização, Desenvolvimento), com que os militares do Movimento das Forças armadas (MFA) resumiam os propósitos da Revolução do dia 25 de Abril, ilustram bem o muito que continua por fazer. Áreas como as da saúde, educação, justiça e segurança social têm de ser asseguradas a todas as pessoas. Não podem ser privilégios só para alguns, os que têm dinheiro, como querem fazer crer os senhores do poder (PS, PSD e CDS/PP).
É tempo de dizer BASTA! É tempo de cumprir e fazer cumprir a Constituição de 1976, cujo projecto político progressista e humanista, continua, em muitos aspectos, por concretizar. Por isso, a luta vai continuar, como aconteceu no 1º de Maio.
Ilda Figueiredo
Vereadora na CMG
O 25 de Abril de 1974 foi o fim de um dos períodos mais negros da nossa história, que conheceu o seu termo com a revolta dos militares progressistas e o apoio popular, atentos que estavam às miseráveis condições de vida e à guerra colonial que maltratava milhões de portugueses e milhões de pessoas das ex-colónias de Angola, Moçambique, Guiné, etc.
Mas a verdade é que novos ataques surgem aos direitos conquistados com a revolução de Abril. Que o digam, nomeadamente, os mais de 500 mil desempregados, bem como o tal milhão de precários, os dois milhões de pessoas em situação de pobreza, os mais de 60 mil licenciados no desemprego, os milhares de jovens a recibo verde, ou, mesmo, os milhares de portugueses que se viram obrigados a emigrar, abandonando as suas terras, na procura de um melhor salário ou, simplesmente, de um posto de trabalho.
Aquela data, que significou, também, o fim do obscurantismo, o regresso dos nossos soldados das colónias, a liberdade sindical, e levou, igualmente, ao fim dos monopólios dirigidos por capitalistas protegidos pelo governo fascista, que punham e disponham da fragilidade laboral e humana dos trabalhadores, muitas vezes obrigados a trabalhar de sol a sol, de forma a aumentarem os lucros de (alguns) patrões, sem horário, sem direitos, sem justiça.
A fórmula dos três “D” (Democracia, Descolonização, Desenvolvimento), com que os militares do Movimento das Forças armadas (MFA) resumiam os propósitos da Revolução do dia 25 de Abril, ilustram bem o muito que continua por fazer. Áreas como as da saúde, educação, justiça e segurança social têm de ser asseguradas a todas as pessoas. Não podem ser privilégios só para alguns, os que têm dinheiro, como querem fazer crer os senhores do poder (PS, PSD e CDS/PP).
É tempo de dizer BASTA! É tempo de cumprir e fazer cumprir a Constituição de 1976, cujo projecto político progressista e humanista, continua, em muitos aspectos, por concretizar. Por isso, a luta vai continuar, como aconteceu no 1º de Maio.
Ilda Figueiredo
Vereadora na CMG