Nota de Imprensa - Assembleia Municipal aprova Voto de Pesar pelo falecimento de José Saramago - 6.7.2010
1. Na sessão hoje ocorrida, a Assembleia Municipal de V N de Gaia aprovou por unanimidade um Voto de Pesar, subscrito por todos os grupos parlamentares, pelo falecimento de José Saramago.
Acresce que a CDU pronunciou a propósito a seguinte
Acresce que a CDU pronunciou a propósito a seguinte
Declaração
Com 87 anos, faleceu José Saramago, escritor português de projecção universal, galardoado com o Prémio Nobel de Literatura.
Nascido na Azinhaga, pequena aldeia do Ribatejo, estudou na Escola Industrial Afonso Domingues e desempenhou a profissão de serralheiro.
O gosto de aprender, a curiosidade intelectual, a capacidade de trabalho, a atenção pelos outros, cedo revelaram o homem de letras, frequentador diário de bibliotecas públicas onde podia ler os livros que os seus parcos recursos não permitiam adquirir. Estreou-se ainda novo como romancista e poeta, e iniciou em Lisboa o que seria um longo e profícuo percurso de jornalista, crítico literário e editor.
Lutador corajoso pela democracia, participante activo nos combates cívicos contra a ditadura, aderiu, ainda no tempo da clandestinidade, em 1969, ao Partido Comunista Português, Partido a que pertenceu até aos seus últimos dias.
Após o 25 de Abril, e na sequência do processo revolucionário, em que viria a ser afastado da direcção do Diário de Notícias, iniciou um novo ciclo literário, mais criativo e pujante na linguagem, na temática e nos modos de expressão, onde avulta o romance ”Levantado do Chão”.
Publicaria desde então mais de vinte títulos, hoje traduzidos em 43 idiomas e em 56 países, a par de uma intensa actividade cultural e intervenção política, caracterizadas pelo confronto livre das ideias, pelo desassombro na defesa das suas convicções, pela inquietação perante os destinos da humanidade, pela luta inconformada por todos os oprimidos e injustiçados.
A língua e a cultura portuguesas têm hoje outra dimensão através da sua obra, que seria distinguida, em 1998, com o Prémio Nobel da Literatura, a que se juntariam muitos outros prémios e distinções, no nosso e em numerosos países.
O seu desaparecimento é, por isso, uma perda para Portugal.
2.Foi ainda apreciada uma proposta de Revisão do Plano de Actividades e Orçamento, que mereceu da CDU um voto contra, e a seguinte Declaração de Voto:
"A CDU votou contra a Revisão Orçamental, em coerência com a apreciação negativa que fez do Orçamento a que diz respeito, mas congratula-se que a construção das esquadras da PSP em Valadares e em Canidelo, e do posto da GNR em Arcozelo, dêem agora passos mais consistentes, que correspondem a propostas apresentadas ao longo de anos pelo PCP."
Nascido na Azinhaga, pequena aldeia do Ribatejo, estudou na Escola Industrial Afonso Domingues e desempenhou a profissão de serralheiro.
O gosto de aprender, a curiosidade intelectual, a capacidade de trabalho, a atenção pelos outros, cedo revelaram o homem de letras, frequentador diário de bibliotecas públicas onde podia ler os livros que os seus parcos recursos não permitiam adquirir. Estreou-se ainda novo como romancista e poeta, e iniciou em Lisboa o que seria um longo e profícuo percurso de jornalista, crítico literário e editor.
Lutador corajoso pela democracia, participante activo nos combates cívicos contra a ditadura, aderiu, ainda no tempo da clandestinidade, em 1969, ao Partido Comunista Português, Partido a que pertenceu até aos seus últimos dias.
Após o 25 de Abril, e na sequência do processo revolucionário, em que viria a ser afastado da direcção do Diário de Notícias, iniciou um novo ciclo literário, mais criativo e pujante na linguagem, na temática e nos modos de expressão, onde avulta o romance ”Levantado do Chão”.
Publicaria desde então mais de vinte títulos, hoje traduzidos em 43 idiomas e em 56 países, a par de uma intensa actividade cultural e intervenção política, caracterizadas pelo confronto livre das ideias, pelo desassombro na defesa das suas convicções, pela inquietação perante os destinos da humanidade, pela luta inconformada por todos os oprimidos e injustiçados.
A língua e a cultura portuguesas têm hoje outra dimensão através da sua obra, que seria distinguida, em 1998, com o Prémio Nobel da Literatura, a que se juntariam muitos outros prémios e distinções, no nosso e em numerosos países.
O seu desaparecimento é, por isso, uma perda para Portugal.
2.Foi ainda apreciada uma proposta de Revisão do Plano de Actividades e Orçamento, que mereceu da CDU um voto contra, e a seguinte Declaração de Voto:
"A CDU votou contra a Revisão Orçamental, em coerência com a apreciação negativa que fez do Orçamento a que diz respeito, mas congratula-se que a construção das esquadras da PSP em Valadares e em Canidelo, e do posto da GNR em Arcozelo, dêem agora passos mais consistentes, que correspondem a propostas apresentadas ao longo de anos pelo PCP."