11 de maio de 2007

30 de Maio também é dia do trabalhador! - texto de PT

No dia 30 de Maio vai realizar-se uma greve geral convocada pela CGTP-

Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses, à qual o Comité

Central do Partido Comunista Português já manifestou o seu apoio.



Convém salientar que a tomada de decisão para uma iniciativa desta

responsabilidade não é fácil, e quando é tomada, é porque quem está no

Governo, neste caso o PS, não deixa outra alternativa aos

trabalhadores. A prova disso está no autismo com que encarou os

inúmeros protestos criados desde o inicio do seu mandato e que

passaram por vários sectores de trabalhadores da sociedade Portuguesa,

como sendo os ataques aos direitos dos trabalhadores da Função

Publica, Professores, Médicos, Jovens desempregados, recibos verdes,

trabalho temporário, reformados, que vêm os parcos aumentos das suas

reformas a serem engolidos pelos aumentos insensíveis de alguns

produtos de primeira necessidade, como a Água, Luz, Gás, etc.



A CGTP, antes de partir para esta luta legitima dos trabalhadores,

«Greve geral», tentou dialogar com o governo, adiantando propostas

que o Governo não quis discutir. Face a esta posição pouco

democrática, a Intersindical promoveu, algumas lutas com grande

adesão por parte dos trabalhadores, como a Manifestação dos

Professores, a dos trabalhadores da administração pública, a

manifestação de jovens a trabalho precário, ou ainda, a última

manifestação, que foi das maiores que se viu após o 25 de Abril e que

reuniu trabalhadores de todos os sectores, desde o público ao privado.

Somando os manifestantes que participaram nestas iniciativas

realizadas na cidade de Lisboa e que se deslocaram de várias partes do

país, o número ascende a mais de 300 mil pessoas. A tudo isto o

governo faz ouvidos de mercador, com a ajuda de alguma comunicação

social, que devia prestar Serviço Público e informar o povo da

dimensão de tais lutas, o que não se verifica.



A nível local, também se tem assistido ao descontentamento e protesto,

pelas populações, contra a diminuição dos transportes, ao encerramento

de Maternidades, Centros de Saúde e Urgências Hospitalares.



Vive-se no País um momento de enorme revolta e desilusão por parte do povo.



Este mesmo Governo do PS vai mandar encerrar várias esquadras de

polícia. Repete-se a palavra de ordem «encerre-se!», não se

preocupando com os problemas sociais que muitas destas medidas

acarretam.



De fora desta Greve Geral vai ficar a U.G.T. (União Geral de

Trabalhadores), já anunciada pelo seu Secretário Geral, João Proença,

o que não é novidade, pois tem sempre o mesmo comportamento, com um

discurso por vezes critico aos vários Governos que vão passando em

alternância (PS, PSD, CDS-PP) durante o dia, mas negociando acordos

com os mesmos durante a noite, não fazendo nada de sério para combater

este tipo de políticas. Mas à ineficiência do seu Secretário Geral,

alguns dos sindicatos afectos à UGT, vão aderir à Greve Geral, o que

não deixa de ser uma chamada de atenção a João Proença que com a sua

postura vê cada vez mais uma UGT descredibilizada e a definhar (vejam–se as comemorações do 1º de Maio da UGT) .



Assim, o dia 30 de Maio vai ser um dia em que os trabalhadores

Portugueses vão mostrar o seu descontentamento de uma forma activa,

aderindo a esta greve geral de protesto ao governo do «engenheiro»

Sócrates, que insiste em governar o país com políticas neo-liberais e

capitalistas, beneficiando quem mais tem, prejudicando o resto do

povo.



Mais, melhor trabalho e justiça social! Será a palavra de ordem no dia

30 de Maio.



Paulo Tavares