15 de novembro de 2010

NI do PCP/Gaia - Intervenção do PCP neste mês - 15.11.2010

A Comissão Concelhia de Vila Nova de Gaia do PCP (CCVNG), reunida a 12 de Novembro, analisou e caracterizou a situação política actual e traçou as principais linhas de intervenção do Partido até ao final do mês de Novembro.

Greve Geral, transformar o descontentamento em protesto organizado!


A CCVNG continuará a afirmar, esclarecer e mobilizar os trabalhadores de Vila Nova de Gaia, para a participação na Greve Geral de 24 de Novembro.

A ofensiva contra os interesses populares, o ataque ao poder de compra, o ataque às funções sociais do estado, a generalização do trabalho precário e mal pago e o desinvestimento público, têm como objectivo único a manutenção dos lucros colossais do sector financeiro e dos grandes grupos económicos.

À ideia das inevitabilidades, o acenar com o risco da entrada do FMI em Portugal, o processo de chantagem exercido sobre os trabalhadores e camadas exploradas, os trabalhadores devem responder com esperança e convicção na possibilidade de um outro rumo, com outras políticas.

Paz sim Nato não!

Realiza-se, nos próximos dias 19 e 20, a cimeira da Nato, em Lisboa.

Nesta cimeira estarão presentes os principais rostos do imperialismo e da ordem capitalista mundial.

Com esta cimeira, Portugal fica mais uma vez ligado ao que de pior existe em termos de agressões e ingerência sobre os Povos do mundo.

A NATO prepara-se para aprovar o seu novo conceito estratégico vertendo para a sua doutrina aquilo que é já a sua prática. Mas quer ir mais além.

 O novo conceito estratégico pretende consolidar a NATO como uma organização agressiva de intervenção global, pronta a intervir em qualquer parte do Mundo e sob qualquer pretexto em que as forças armadas, de cada um dos seus Estados membros, são reduzidas ao papel de forças expedicionárias às ordens das principais potências da NATO.

O PCP apela à participação na manifestação do dia 20 em Lisboa, manifestação pacífica, que pretende afirmar um mundo de paz e progresso social.

Francisco Lopes – uma candidatura para afirmar um outro rumo para Portugal.

Uma candidatura diferente de todas as outras, que pelo seu projecto, percurso e intervenção, não está comprometido com a política da crise.

A par do empenhamento na greve geral, a CCVNG contribuirá, neste mês de Novembro, para a afirmação desta candidatura Presidencial, dando corpo, nas ruas, empresas, junto da população, à distribuição de materiais de pré-campanha de Francisco Lopes.

A CCVNG chama a atenção para a participação de Francisco Lopes, numa iniciativa do Clube de Pensadores, no próximo dia 22 de Novembro, em Vila Nova de Gaia.

A CCVNG saúda as acções marcadas pelas comissões de utentes das SCUT’s

Cerca de um mês desde a aplicação de portagens nestas vias fica a nú a irresponsabilidade de quem decidiu, ou de quem, por omissão e acção, esteve de acordo com a aplicação desta medida.

Medida que, como toda e qualquer outra, pode ser revogada com a luta das populações e com vontade política.

Aumentaram brutalmente os custos de transportes, o tecido empresarial perdeu competitividade, as vias alternativas, que de alternativa só têm o nome, estão entupidas, continuam as intermináveis filas e ausências de respostas nas lojas da via verde, a sobrecarga nos correios e nos serviços prestados, com mais este encargo que foi dado aos CTT e aos seus trabalhadores.

A CCVNG manifesta a solidariedade com os trabalhadores da VALSAN.

Mais uma empresa de referência em Vila Nova de Gaia que encerra, mais uma empresa que consumiu dinheiros públicos (mais de dois milhões e trezentos mil euros desde 2001), sem que tivessem sido salvaguardados pelo Estado os postos de trabalho e a laboração.

Mais 200 trabalhadores que se juntam aos mais de 24 mil que existem em Gaia, agora com menores subsídios de desemprego e com a subida dos preços dos bens de consumo e serviços.

O PCP já tinha denunciado esta situação: apresentou ontem mesmo uma pergunta escrita à Comissão Europeia assinada pela Eurodeputada Ilda Figueiredo e outra na Assembleia da República questionando o Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social.

Crescem as dificuldades, diminuem rendimentos, aumentam preços e a Câmara Municipal sobrecarrega os Munícipes com aumentos na factura da água.

Os gaienses, que já pagam das mais caras facturas de água e saneamento, são agora confrontados com mais um brutal aumento que a maioria PSD/CDS pretende impôr: 34,6% no saneamento e 12,1% nos resíduos sólidos.

Um aumento que sobrecarrega a população num período em que parte significa vive com dificuldades extremas. Este novo embate na factura da água é o sinal que este executivo dá de conivência e aprofundamento de políticas injustas.

Um aumento que não está certamente desligado da necessidade de alimentar acessores e benesses para os amigos políticos do PSD e CDS/PP.

Menezes, preocupado agora com o seu futuro político e ausente do Município (continua sem participar em assembleias municipais e vai aparecendo apenas para tirar a fotografia em eventos), não deixa escapar a sua preferência por um cargo de nomeação, certamente mais bem pago do que um cargo por eleição.

São as preocupações tácticas de quem desenvolve a política de direita, seja no Governo, na Assembleia da República ou no poder local: os lucros do capital, os amigos políticos e o futuro pessoal, sempre ligados à dependência de favores e compromissos políticos.

O Orçamento de Estado e o feroz ataque às obras públicas

Aprovado na generalidade pelos partidos da política de direita, é demolidor no investimento público, deixando de fora, no que respeita a Vila Nova de Gaia, importantes obras que tanta falta fazem à população de Gaia, muitas delas promessas e compromissos assumidos.

Notícias vindas a público, hoje, confirmam o que o PCP diz há mais de um ano: o METRO não chega a Vila D´Este!

O PCP tratará em nota própria, junto da comunicação social e população, o conjunto vasto de propostas que fez para o Concelho, e as alternativas de financiamento das mesmas, mas deixa, desde já claro, que obras como o METRO e o Hospital, são compromissos assumidos pelo poder central e local, foram promessas utilizadas para o engodo eleitoral do PS, PSD e CDS em diversos actos eleitorais.

A sua não concretização, merece portanto ser caracterizada como embuste e falta de seriedade política, como uma utilização das justas expectativas e necessidades das populações e como engodo para fim eleitorais.

Prática que o PCP, não teve, não tem e nem quer ter.

Vila Nova de Gaia, 15 de Novembro de 2010

a Comissão Concelhia de Vila Nova de Gaia do PCP