22 de novembro de 2010

Nota de imprensa do PCP/Gaia - Retirada de propaganda - 19.11.2010

A Comissão Concelhia de Vila Nova de Gaia do PCP manifesta o seu repúdio pela retirada de propaganda do PCP, alusiva à greve geral de 24 de Novembro, da principal artéria da cidade.

Uma atitude inaceitável, anti-democrática e ilegal.

Que Luís Filipe Menezes não esteja de acordo com a greve geral, aceitamos. Não pode estar, e não estarão, de acordo, todos os que são arqui-responsáveis por um rumo político que conduziu o País ao estado que está hoje, todos os que são arqui-responsáveis pelo PEC1, PEC2, PEC3 e Orçamento de Estado. Mas o que não pode fazer é colocar-se acima da lei, retirando propaganda política devidamente assinada, datada e colocada em sítios que não são, tão pouco, propriedade da câmara Municipal.

A Câmara de Gaia utiliza, para fins meramente políticos, meios municipais ou ao serviço do Município. A retirada desta propaganda é um mero exercício para tentar diminuir a greve geral e o PCP enquanto força política transportadora de um rumo e um caminho político patriótico e de esquerda, um rumo de ruptura com as políticas que Menezes representa e está submetido.

Uma falta de princípios que representa a utilização de meios públicos para fins partidários ou pessoais, que pode também ser apreciada no site da Câmara Municipal (portal do cidadão - “A profecia de Istambul”), onde é publicitada a apresentação de um livro, onde Luís Filipe Menezes, na qualidade de Presidente da Câmara, e Marco António Costa, na qualidade de Vice-Presidente da Câmara, se apresenta ao lado de Pedro Passos Coelho, líder do PSD com direito a fotografia.

O que Luís Filipe Menezes não percebe, nem ele, nem os seus correligionários, é que não vencem o PCP assim. A massa militante de activistas deste Partido, a sua convicção e abnegação, a sua entrega a valores comuns e de justiça social, foi testada por outros, e ainda assim, não quebrou.

O PCP procederá à recolocação da propaganda e participou à PSP esta ilegalidade da Câmara Municipal.

Vila Nova de Gaia, 19 de Novembro de 2010