5 de novembro de 2010

NI - Mais um escandaloso aumento! - 5.11.2010

Os gaienses, que já pagam das mais caras facturas de água e saneamento, são agora confrontados com mais um brutal aumento que a maioria PSD/CDS pretende impôr - 34,6% no saneamento e 12,1% nos resíduos sólidos.
É de lembrar que nos últimos 15 anos, o preço do metro cúbico da água teve aumentos médios de mais de 4% ao ano, passando (no segundo escalão) de 52 cêntimos em 1995 para 96 cêntimos em 2010, e que no saneamento e na tarifa de recolha de lixos se verificaram igualmente, no mesmo período, enormes aumentos, contribuindo dessa forma para os exorbitantes lucros da Empresa Municipal Águas de Gaia
Acresce a esses aumentos um conjunto de valores fixos que constam igualmente da factura e totalizam cerca de 10 euros mensais (tarifas ditas “de disponibilidade”, que têm de ser pagas independentemente de ter havido consumo e que se configuram, na prática, como um imposto com outro nome).

A CDU sempre denunciou tais aumentos e o seu efeito nas debilitadas bolsas dos Gaienses


O agora anunciado aumento da tarifa de saneamento é mais um exemplo da política de “duas caras” com que a actual maioria camarária se apresenta, depois do episódio das portagens nas SCUTs e da redução de empresas municipais, como a CDU oportunamente denunciou. De facto, ainda há poucos dias apareceu, em tom indignado e pose justiceira, a pronunciar-se contra os valores empolados que a Suldouro pretende cobrar pelo tratamento do lixo. Mas naquilo que é da sua responsabilidade directa, decidiu impor aumentos que são mais uma violência sobre a população, a braços com o desemprego, a precariedade, a baixa de salários e pensões e o aumento geral de preços dos bens essenciais.
Confirma-se o que a CDU denunciava em Setembro de 2009, quando votou contra a alienação do Saneamento em alta à Simdouro: depois das eleições, viriam os aumentos de tarifas. Aí estão!
Este é mais um aumento a juntar àqueles que, por força do entendimento entre o PSD e o PS (nos diversos PECs e agora também no Orçamento de Estado), serão impostos aos trabalhadores, aos pequenos empresários, às famílias.

A CDU irá pronunciar-se contra as medidas que a Câmara aprovou, em todos os órgãos autárquicos onde está representada.

CDU/Gaia