Razões para marchar - Texto de IF
No próximo Sábado, 1 de Março, o PCP organiza uma marcha, em Lisboa, pela Liberdade e pela Democracia, para a qual convida todos os democratas. E há muitas razões para marchar.
Ao longo destes três anos de Governo, de maioria absoluta do PS, deu para ver que foram três anos de acrescidas dificuldades e sacrifícios para a generalidade dos portugueses, particularmente para todos os que vivem do trabalho, de uma reforma ou de pequenos rendimentos.
Foram três anos de generalizado ataque a direitos fundamentais dos portugueses e de muitas e numerosas lutas dos trabalhadores e das populações para os defender.
Foram três anos em que José Sócrates, com a mesma desfaçatez com que renuncia ao cumprimento das suas promessas eleitorais (criação de 150 mil empregos, não subida de impostos, referendo do Tratado europeu…), tenta transformar em anos de sucesso do seu governo e do país, quando o desemprego e a pobreza estão a níveis tão elevados que são dos mais graves da União Europeia.
Sócrates não prometeu só criar 150 mil postos de trabalho líquidos, prometeu reduzir o desemprego, cuja taxa, de 6,7% à data do início do seu mandato, considerou trágica, mas que, volvidos três anos, é de 8%, e, por isso, deveria considerar uma desgraça!
É um desemprego que é consequência de uma política que continuou a abandonar a defesa e desenvolvimento do aparelho produtivo nacional e de uma política económica que abdicou das tarefas da promoção do desenvolvimento e do crescimento económico, sacrificados à ditadura do défice e aos interesses dos grupos económicos e financeiros a quem interessa a destruição de serviços públicos. É um desemprego que facilita aos capitalistas a sua aposta no trabalho precário e nos baixos salários para conseguirem maiores lucros.
É esta política de direita que o PS desenvolve, sem oposição que se veja do PSD dado que defendem os mesmos interesses, que também está a prejudicar os micro, pequenos e médios empresários, como se pode constatar com os preocupantes novos encerramentos de empresas e actividades, com o aparecimento dos salários em atraso e a degradação da situação económica de alguns sectores.
Sócrates fala de um país que dá oportunidades aos jovens, mas eles são, juntamente com as mulheres e os trabalhadores mais velhos que perderam o emprego, as principais vítimas do desemprego e do trabalho precário.
Por tudo isto, aí estão muitas razões para marchar até Lisboa no próximo dia um.
Ilda Figueiredo
Deputada do PCP no PE e Vereadora da CDU na CMG
Ao longo destes três anos de Governo, de maioria absoluta do PS, deu para ver que foram três anos de acrescidas dificuldades e sacrifícios para a generalidade dos portugueses, particularmente para todos os que vivem do trabalho, de uma reforma ou de pequenos rendimentos.
Foram três anos de generalizado ataque a direitos fundamentais dos portugueses e de muitas e numerosas lutas dos trabalhadores e das populações para os defender.
Foram três anos em que José Sócrates, com a mesma desfaçatez com que renuncia ao cumprimento das suas promessas eleitorais (criação de 150 mil empregos, não subida de impostos, referendo do Tratado europeu…), tenta transformar em anos de sucesso do seu governo e do país, quando o desemprego e a pobreza estão a níveis tão elevados que são dos mais graves da União Europeia.
Sócrates não prometeu só criar 150 mil postos de trabalho líquidos, prometeu reduzir o desemprego, cuja taxa, de 6,7% à data do início do seu mandato, considerou trágica, mas que, volvidos três anos, é de 8%, e, por isso, deveria considerar uma desgraça!
É um desemprego que é consequência de uma política que continuou a abandonar a defesa e desenvolvimento do aparelho produtivo nacional e de uma política económica que abdicou das tarefas da promoção do desenvolvimento e do crescimento económico, sacrificados à ditadura do défice e aos interesses dos grupos económicos e financeiros a quem interessa a destruição de serviços públicos. É um desemprego que facilita aos capitalistas a sua aposta no trabalho precário e nos baixos salários para conseguirem maiores lucros.
É esta política de direita que o PS desenvolve, sem oposição que se veja do PSD dado que defendem os mesmos interesses, que também está a prejudicar os micro, pequenos e médios empresários, como se pode constatar com os preocupantes novos encerramentos de empresas e actividades, com o aparecimento dos salários em atraso e a degradação da situação económica de alguns sectores.
Sócrates fala de um país que dá oportunidades aos jovens, mas eles são, juntamente com as mulheres e os trabalhadores mais velhos que perderam o emprego, as principais vítimas do desemprego e do trabalho precário.
Por tudo isto, aí estão muitas razões para marchar até Lisboa no próximo dia um.
Ilda Figueiredo
Deputada do PCP no PE e Vereadora da CDU na CMG