Confiança e luta - Texto de IF
Foi grandiosa a manifestação promovida pela CGTP que juntou, em Lisboa, mais de 200 mil pessoas das mais diversas zonas do País e de diferentes níveis etários, que desfilaram com alegria e confiança, apostadas na luta pelos direitos sociais e laborais, por uma Europa social, contra a flexigurança, o desemprego, a pobreza e a exclusão social, as privatizações e a Europa do capital.
Ao lado reuniam as elites do poder político da União Europeia, cada vez mais enfeudadas ao poder dos grupos económicos e financeiros, apostadas no cumprimento da agenda do grande patronato europeu e seguindo o roteiro da Alemanha. Nessa noite, aprovaram o essencial da dita constituição europeia, depois de uma ligeira operação de imagem, para mudar de nome e passar a chamar-se tratado reformador, que querem que seja de Lisboa, onde será assinado a 13 de Dezembro.
Trata-se de uma autêntica fraude política ao retomar um projecto de tratado constitucional que tinha sido rejeitado em referendos na França e na Holanda. É que, nos termos do tratado actual, exige-se que seja aprovado por todos os Estados-Membros. Revela, também, o medo que têm do voto dos cidadãos ao tentarem fazer passar por algo diferente o que, no essencial, é a anterior dita constituição europeia. O que pretendem é evitar novos referendos, fugir o mais que puderem do debate pluralista, da opinião pública e do voto dos cidadãos, receando novas rejeições. O que, só por si, demonstra como os seus objectivos não são melhorar as condições de vida, mas, sim, aprofundar os mecanismos jurídicos que facilitem o retorno a velhas formas de exploração.
Por tudo isto, exigimos um amplo debate nacional e uma consulta popular que dê ao povo português a possibilidade de se pronunciar sobre o tratado, através de um referendo vinculativo, e reafirmamos que a luta vai continuar.
Ilda Figueiredo
Deputada do PCP no PE e Vereadora da CDU na CMG
Ao lado reuniam as elites do poder político da União Europeia, cada vez mais enfeudadas ao poder dos grupos económicos e financeiros, apostadas no cumprimento da agenda do grande patronato europeu e seguindo o roteiro da Alemanha. Nessa noite, aprovaram o essencial da dita constituição europeia, depois de uma ligeira operação de imagem, para mudar de nome e passar a chamar-se tratado reformador, que querem que seja de Lisboa, onde será assinado a 13 de Dezembro.
Trata-se de uma autêntica fraude política ao retomar um projecto de tratado constitucional que tinha sido rejeitado em referendos na França e na Holanda. É que, nos termos do tratado actual, exige-se que seja aprovado por todos os Estados-Membros. Revela, também, o medo que têm do voto dos cidadãos ao tentarem fazer passar por algo diferente o que, no essencial, é a anterior dita constituição europeia. O que pretendem é evitar novos referendos, fugir o mais que puderem do debate pluralista, da opinião pública e do voto dos cidadãos, receando novas rejeições. O que, só por si, demonstra como os seus objectivos não são melhorar as condições de vida, mas, sim, aprofundar os mecanismos jurídicos que facilitem o retorno a velhas formas de exploração.
Por tudo isto, exigimos um amplo debate nacional e uma consulta popular que dê ao povo português a possibilidade de se pronunciar sobre o tratado, através de um referendo vinculativo, e reafirmamos que a luta vai continuar.
Ilda Figueiredo
Deputada do PCP no PE e Vereadora da CDU na CMG